sexta-feira, 12 de março de 2010

Relato da Reunião Presencial

Dia 09/03 - Conservatório UFMG
Participantes: Brenda, Bárbara, Jane e Júnia

Falamos sobre as reuniões com a SEC e vimos os seguintes encaminhamentos (listados a partir da nossa carta):

1- Campanhas informativas: promover campanhas permanentes e efetivas para/com o empresariado e comunidade. Nora: Esse ano, já conseguimos fazer um folder e um vídeo que será exibido amanhã. Fernanda: A rádio Inconfidência é um bom canal para a campanha.
Nora: Fizemos 20 mil folders. Só com a produção e veiculação do vídeo na Rede Minas, gastamos uns R$ 42 mil do nosso orçamento. Até o final de março não temos mais nenhum recurso. Só a partir do próximo mês. Pegar os folders na SEC.
Fernanda: Podemos pedir apoio aos participantes da Recult para a produção de outras peças de divulgação.
Nora: Vamos tentar o apoio da Globo Minas para a campanha da LEIC. O VT produzido pela Rede Minas tem 2min. Pedi outros com 1', 30" e 15". Vamos tentar o apoio da Recult para a produção de spot de rádio, então. Para TV já foi encaminhado. Criar o spot de rádio

(Fernanda) 2- Criar um link no site da SEC para cadastro dos projetos aprovados com o resumo e contatos. Realizar registros on line dos projetos, com banco de dados digital dos currículos e comprovações. Nora: Isso não é viável ainda.
Fernanda: E se a SEC pudesse ceder um espaço no site para um link, a Recult poderia providenciar o site para hospedar os dados, que seriam fornecidos pela SEC.
Nora: Aí sim. Um link é possível. Poderíamos ter um Banco de Projetos baseado no catálogo que a SFIC fez para divulgar os projetos apovados. Criação do site com dados sobre os projetos aprovados na LEIC 2010 (resumo e contatos) / Pegar dados na SEC / Fazer orçamento de criação e manutenção do site.
(Bárbara) 3- Reunião conjunta com o Sistema S e Sistema Fiemg, com o objetivo de buscar novos patrocinadores. Nora: Na Fiemg, posso marcar com uma pessoa. [Ver encaminhamento das rodadas de patrocínio cultural no item 7.]
4- Apoio institucional para o contato com empresas, câmaras e conselhos - via SEC- SFIC. Fernanda: Precisamos de uma carta de apresentação da SEC para procurarmos as câmaras, conselhos e propormos ações conjuntas. Rosana: Eu poderia fazer contato com o CRC, por exemplo.
Nora: Se vcs puderem fazer um modelo dessa carta, eu encaminho aqui para formatação. Criar modelo de carta com o apoio da SEC para Recult (Paloma, você pode elaborar essa carta?)
5- Publicar e divulgar de forma permanente, informações sobre a captação, com porcentagem de projetos captados e não captados, valores, empresas e captadores Nora: A SFIC pode fornecer as informações e elas podem ser publicadas no site (que a Recult fizer). Ligar na SEC e ver o andamento dessa questão.
6- Participação das empresas estatais como patrocinadoras na LEIC (Cemig, Copasa, Gasmig) através de editais públicos com percentual destinado a projetos de grupos/artistas iniciantes e/ou que serão realizados em regiões com “baixo índice de captação”. Nora: Acho isso difícil porque essas empresas têm composição mista. Cristiano: Essas empresas pararam de patrocinar no Governo do Itamar, impedidas por um decreto. Fernanda: Quando não houver mais contrapartida na LEIC, com certeza elas vão voltar a patrocinar. [Continuar na mobilização para rever isso.]
7- Realizar "rodadas para patrocínio cultural" com empresários das diferentes regiões do estado com a participação dos empreendedores locais. Nora: Fizemos contato com a Fiesp para falar da LEIC MG, em função da substituição tributária. Para que as empresas de São Paulo patrocinem os projetos de Minas. Em maio a SEC fará uma apresentação da LEIC em SP, onde serão distribuídos os catálogos com os projetos aprovados em 2009. Mas a Fiesp/Fiemg não fornece informações para a SFIC. Ana Amélia: A SEC poderia procurar apoio de outras secretarias e da Fiemg para mapear e organizar ações regionalizadas no estado, com campanhas de divulgação da LEIC para patrocinadores e encontros de empreendedores e empresas da mesma região. Agora, com o escalonamento dos limites de participação no Incentivo Fiscal, tem que haver um trabalho direcionado para as pequenas e médias empresas, também no interior do estado. Poderíamos contribuir montando um grupo para a elaboração de um projeto de desenvolvimento dessas ações. Nora: O recurso é escasso. Quando fizemos os treinamentos de edital no interior, pediamos apoio das prefeituras. A SEC não tem o apoio da Fiemg. A Joana fez contato com a Fiemg no ano passado. Podemos dar apenas apoio instituicional. Não esperem isso do estado. Cristiano: A Fiemg tem um departamento de cultura que está desativado. Procurar pessoa da Fiemg indicada pela SEC (item 3) e pensar em evento/contatos para divulgar os projetos aprovados e incentivar o patrocínio cultural. (Brenda)
8- Retomar os "Diálogos Culturais" envolvendo Estado, empreendedores e patrocinadores com agenda periódica. Cristiano: Os diálogos culturais também poderiam ser regionalizados. Nora: A prioridade agora é a alteração da LEIC. Colocar na Assembléia. Depois o foco será o decreto. Até o final de março temos que protocolar o projeto. A Secretaria é autônoma para fazer o decreto. Aí esse é um diálogo que tem que haver entre o governador, o vice e o secretário. [Ligar pra SEC em abril. ]
9- Criar outras motivações para as empresas patrocinarem além do retorno em imagem específico do projeto. (por ex. uma publicação anual, de distribuição gratuita da SEC onde cada projeto realizado tem um espaço para falar e a empresa explicar o por que do patrocínio). Nora: a SFIC poderia disponibilizar algo virtual para colocar no site (feito pela Recult) porque aí não geraria custos. Brenda: A SEC poderia atualizar no site a lista dos maiores patrocinadores do estado? Nora: Sim. Isso dá para fazer. [Ver encaminhamentos dos itens 2 e 5.] Outros encaminhamentos:- Acompanhar as discussões do Conselho Estadual de Cultura (Jane) e do Fundo Estadual de Cultura (Paloma)- Acompanhar as discussões do Conselho Municipal de Cultura, LMIC e Fundação Municipal de Cultura (Júnia)- Mobilização dos empreendedores e artistas para colaborar e participar das ações da Recult (todos) Sugerimos que a próxima reunião presencial da Recult seja agendada pela internet.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sobre Redes

Redes (Fragmentos do texto “Redes e Capital Social” de Gilberto Fugimoto)

(...)Desde os primórdios da organização humana há senhores, chefes, caciques, faraós, reis, imperadores prevalecendo sobre servos, vassalos, escravos, súditos em tribos, vilas, cidades, reinos. (...) Adotar novos paradigmas de organização horizontal implica exercitar o raciocínio em bases distintas da tradição cultural das civilizações.
(...) Articulação em redes – sociais, comunitárias – representa um esforço de comunicação, uma confiança no coletivo; uma aposta radical na democracia que se expressa nas relações cotidianas. (...) Buscar caminhos para a transformação social através da participação coletiva e a criação de um ambiente de confiança e participação em redes comunitárias, pode parecer óbvio. Seria, não fossem os enormes muros erguidos pelo homem nas conexões consigo mesmo e o próximo.

Redes Comunitárias(Fragmentos do texto “Redes Comunitárias” de Luiz Fernando Sarmento)

Interesses comuns fazem com que um se comunique com outro que se comunica com outro que se comunica com todos que se comunicam com cada um e todos. Cada um agora tem acesso a outro e a todos.
(...) Suavidade. Singeleza. O diferencial está no acolhimento. E, naturalmente, quem cuida de si mesmo poderá ter melhores condições de cuidar de outros. Só dá quem tem. Só dá de si se tem em si.Acolher aqui significa facilitar, em cada ato, em cada passo, a inclusão, o compartilhamento de informações e ações. Criar oportunidades para que cada um e todos se expressem, respeitados os limites, especialmente dos focos e dos tempos. Ética como princípio.
(...) A Rede Comunitária se forma, se amplia nos encontros. Como instrumento, o principal objetivo da rede é o desenvolvimento integral do indivíduo e da coletividade. Em integral leia-se emocional, econômico, cultural e mais.
(...) Metodologias tradicionais - uns poucos falam, muitos escutam - podem não cumprir satisfatoriamente suas intenções de integrar participantes, gerar intercomunicações, interações, realizações. Naturalmente instituições vivas tenderão a adotar metodologias que supram seus objetivos. (...)

Redes Síntese(Fragmentos do texto “Redes Síntese” de Cássio Martinho)

(...)Proponho, inicialmente, conceito sucinto para rede: padrão de organização constituído, necessariamente, de agentes autônomos que, interligados, cooperam entre si. Eles são os elementos da rede.Rede é um padrão de organização que produz ou é em si uma certa ordem. Ela é conjunto de pessoas (físicas e jurídicas) autônomas que, em nome de algo superior, um objetivo consensual, realizam trabalho coletivo, cooperando entre si. Isso dá forma à idéia de rede.
(...)O pressuposto básico da rede é que a união de esforços individuais criará conjunto mais forte do que a mera soma dos esforços individuais, ocorrendo sinergia. À medida que os atores trocam informação e compartilham capacidades, a rede se torna mais poderosa e os processos fluem melhor por ela.
(...) A existência de rede pressupõe condicionantes, sem os quais não existe. Primeiro, implica diversidade de participação, ou seja, baseia-se na diferença, na troca entre eles, o que aumenta a qualidade do processo.Se a rede é um conjunto de elementos autônomos e co-operantes, deve haver um mínimo de acordo entre eles. Logo, a rede se baseia em pactos. Os atores têm de pactuar. Isto só se dá, havendo objetivo comum. As pessoas cooperam para superar algum desafio, ou para atingir objetivo comum que não atingiriam sozinhos. O elemento principal no processo colaborativo em rede é a coesão, cuja base é a comunicação.Na rede não há uma liderança, mas muitas, o que pode provocar conflitos. Entretanto, isso é típico de sua natureza, a horizontalidade, que se estabelece pelo fato de as pessoas se encontrarem no mesmo nível, sem subordinação. A horizontalidade, aspecto importante para se compreender a idéia de rede, se contrapõe à verticalidade, configurada pela subordinação. Assim, não se atua em rede no sistema hierarquizado, em que as pessoas estão em diferentes níveis decisórios, ainda que ele comporte conectividade e trabalho colaborativo.
(...) Uma rede se baseia na conectividade, na interligação entre os elementos. Mas a ordem na rede – como no caso das formigas – só aparece do processo de interação. Não há uma forma organizacional prévia. A organização se constrói à medida que os atores se interconectam. A conectividade, portanto, é essa capacidade de fazer interligações, de construir elos entre os elementos. Essas interligações são muito mais relevantes do que a mera existência de cada componente da rede.
(...) Redes são uma dinâmica de trabalho colaborativo emergente, que pode ou não surgir, que pode surgir e morrer. Portanto, mais do que pensarmos redes à maneira institucional, seria melhor pensarmos nelas como relâmpagos de colaboração que surgem em determinados grupos.